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Manaus, Amazonas, Brazil
Um pianista, pensador, que de quando em vez digita o que pensa... E de vez em quando publica... Sou alguem que pensa na felicidade não só minha, mas de quem me cerca... do meu próximo, longe de qualquer altruísmo nominal e vazio... Amigo acima de tudo... Cumplice do que é bom... As vezes prolixo, as vezes monosilábico... Amante incondicional de café, dos fins de tarde à sombra do Teatro e das noites musicais. Tudo isso regado a mais café... ou um bom vinho... sem exageros... é isso.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SINDROME DE HIGHLANDER

Quem não se lembra do famoso personagem, vivido por Christopher Lambert no cinema?

O cara, banido de sua vila por ser tido como feiticeiro, depois de ressuscitar, fica perambulando pelas terras deste mundo, levando uma vida quase que sem fim... So teria fim se alguém conseguisse cortar a sua cabeça (aí nem tartaruga resiste, amigo)... Entre tantos dilemas na vida de um ser imortal, ficam os amores. Elas envelhecem, ele não. Isso o obriga sempre a um novo recomeço mas, cada recomeço é doloroso e por muitas vezes evitado, por saber como tudo vai terminar. Cada recomeço é o início da dor do fim. Mas, ele não consegue evitar, porque paixões são inevitáveis... Fazer o que? Só depois de matar os outros e ser o ultimo imortal, lhe seria dado o prêmio de levar uma vida próxima do normal.

Hoje, entre dúvidas e possibilidades de recomeço, me pego com a síndrome de highlander. Vou lutando todo dia, matando os problemas que parecem imortais, cortando a cabeça e os males da alma pela raiz, numa batalha diária, para que cada recomeço não seja uma dor antecipada. Mas, penso que ainda não foram os últimos, pois ainda não foi-me dado o prêmio tão cobiçado. Reluto em começar, porque sei que vou deixar pra trás quem realmente gosta de mim, mas que não consigo corresponder.

Fico me perguntando até quando me serão mandados “imortais” para eu matar... Fico me perguntando quando é que finalmente o recomeço não será doloroso... fico me perguntando quando é que vai ser o prêmio final de encontrar alguem pra “uma vida longa e feliz” como diz a liturgia do casamento...

Qual seria o prêmio final? Ah... o AMOR de verdade, começado e realimentado sempre pela PAIXÃO. Porque, enquanto isso não acontecer, serei um simples “highlander”, tentando , tentando, mas sempre sozinho...
Enquanto não vem, vou perambulando pelas Terras Altas, nas minhas batalhas diárias...

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